As melhores comidas do Japão!
É provável que muitas pessoas tenham receio antes de viajar ao Japão e pensem que só vão encontrar peixe crú nos restaurantes! risos
Antes de tudo, podem ficar tranquilos!
Você não vai passar fome com a fantástica culinária japonesa.
Confira nosso completíssimo roteiro ao Japão, um guia com dicas sobre as principais cidades e pontos turísticos!
Veja também passeios pra fazer de graça em Tokyo e quanto custa para viajar à terra do sol nascente!
Descubra a melhor época para viajar pra cá e por fim, recomendamos ler tudo o que você precisa saber antes de vir ao Japão sobre vistos, câmbio, hospedagem, transporte local, segurança, barreiras do idioma, etc.
Além disso, muitas das receitas usam como base o arroz, macarrão, carnes de boi, porco, frango e frutos do mar.
Nosso paladar é algo muito particular, não é mesmo?
Então provavelmente a lista não vai agradar a todos.
A ideia não é fazer um ranking das comidas do Japão, mas sim, destacar alguns pratos ou experiências gastronômicas imperdíveis.
Depois de ter passado mais de um ano no Japão e conhecido algumas regiões como Tokyo, Osaka, Kyoto e Hiroshima acredito que esta lista vai ficar de dar água na boca!
Aliás, inclui também alguns pratos exóticos para apimentar o cardápio.
Até mesmo o nosso polêmico coentro eu encontrei num lamen em Tokyo (e adorei)!
Dessa maneira, para ser imparcial, deixarei a lista em ordem alfabética!
E se minha experiência foi muito boa, farei também a indicação do restaurante!
Comidas do Japão
É um hábito japonês comer fora de casa.
Ou pelo menos, levar comida pronta para sua residência.
Alguns dos pratos citados aqui, você encontra até num Konbini (lojas de conveniência que tem em toda esquina do Japão).
Todavia, para um experiência completa, nada melhor do que ir num restaurante especializado, né?
Basashi (sashimi de cavalo)
Ou seja, a lista já vai começar polêmica (risos).
O sashimi de carne de cavalo crú é uma iguaria relativamente comum no Japão.
Encontramos tanto em Izakaya (bares japoneses) quanto em restaurantes.
É uma carne um pouco mais rígida, se você comparar com sashimi de peixe é claro.
Contudo, para apreciar mais seu sabor, o prato é servido com uma porção de alho crú e um ovo, também crú. Um pouco de pimenta em finais fatias e gergelim.
Como sou a favor de experimentarmos tudo e não nego um desafio, tive a oportunidade de comer em dois lugares diferentes e o sabor foi bem similar.
Como resultado, posso dizer que gostei. Mas, é uma iguaria e não comeria todo dia… risos
Gyoza
Apesar da origem chinesa, foi inserido na culinária japonesa e é muito comum.
São os pastéis com recheio de carne de porco.
Apesar de serem também encontrados na versão com carne de boi ou verdura.
Geralmente são fritos.
Sobretudo, você poderá encontrá-los também feito no vapor, assados e até mesmo cozidos.
Minha recomendação aqui fica para experimentar um autêntico gyoza frito de carne porco!
Antes de comer, você o mergulha num preparado com molho de soja, vinagre branco ou sake e óleo de gergelim (de preferência apimentado).
E pronto!
É só sentir a crocância da fina massa do gyoza e aquele recheio quentinho.
Como é um aperitivo muito comum, experimentei centenas de versões e não há como escolher o melhor.
O que posso dizer é que os verdadeiros gyoza feitos no Japão, foram infinitamente mais saborosos do que qualquer que eu já tinha provado em São Paulo (o Lamen Aska faz um bom).
A qualidade da farinha japonesa deve ser um dos motivos para isso.
E se der sorte, você ainda encontra lojinhas de rua com o pessoal fazem gyoza fresquinho na hora!
É um espetáculo a parte ver a habilidade deles fechando os pasteizinhos na mão!
Uma menção honrosa aqui fica para o Gyoza de Camarão que comemos no Koshuichiba em Tokyo, região de Gotanda.
Saborosíssimo e foi a surpresa da noite, apesar de termos ido lá pelo Wantan Ramen!
Agora quero ir até a região de Utsonomiya (50 minutos de trem-bala saindo de Tokyo).
Lá dizem estar o melhor gyoza do Japão! Na verdade, os melhores!
Afinal, são mais de 300 pequenos restaurantes na região e com esta especialidade!
Inarizushi
Este tipo de sushi provavelmente já enganou muita gente!
Afinal, a primeira vista parece uma casquinha feita de omelete, mas, não!
Ele é um saquinho feito com abura aguê (tofu frito) e recheado com sushimeshi, que é um arroz “temperado” com vinagre.
O abura aguê antes de frito, é cozido num caldo com molho de soja, sakê e açúcar.
O resultado é um sabor cítrico adocicado que combina muito bem com o ardidinho do wasabi (pasta de raiz forte).
Esta porção abaixo eu encontrava sempre nos konbini da rede My Basket.
Karaage
Sobretudo é uma técnica japonesa para fritura de alimentos, geralmente frango, carne ou peixe.
Possui uma casquinha temperada, feita com farinha de trigo ou amido de milho.
Em virtude da fritura feita à perfeição num óleo leve, o resultado é uma crocância por fora e maciez por dentro.
Por certo, durante sua viagem ao Japão você vai se deparar com o karaague!
Seja num restaurante ou num izakaya (os bares japoneses, que comento logo abaixo).
Kare Raisu
De fato, uma opção popular, saborosa e que não pode faltar na sua viagem ao Japão, ainda mais durante o inverno!
O bom deste prato, é que já vai te acostumando à pronúncia do inglês pelos japoneses.
Kare Raisu é a pronúncia para Curry Rice.
Geralmente este prato é como um ensopado de carne e legumes (em geral, batata, cenoura e cebola) e depois encorpado com o curry, super popular no Japão.
A dica de economia aqui, é visitar alguma das franquias do Coco Curry House Ichiban-ya.
Lá você encontrará variedades de pratos com curry (tonkatsu, lamen, kare pan) e tudo com preços baixos.
Em contrapartida, em todas minhas visitas lá eu pedia a versão com um hambúrguer recheado com queijo e acompanhado de um ovo mole.
É de dar água na boca e por menos de ¥ 850 (R$ 30 agora na cotação de 2018).
Outra vantagem é que você pode escolher o nível de picância do curry e confesso que cheguei a chorar numa destas escolhas. hahaha
Lamen
O lámen ou rāmen, em linhas gerais é um prato de macarrão com caldo que tornou-se muito popular após a Segunda Guerra Mundial por causa do preço atrativo usando a farinha importada dos Estados Unidos.
Seu macarrão é feito com a farinha de trigo, ovos, sal, água e mais nada.
O segredo e toda a tentação do prato porém, vem do caldo!
Podemos dizer que o caldo/rāmen começa em 3 matrizes:
– Shoyu Lámen – aquele molho de soja salgado e escurinho, que quase todo mundo deve conhecer é a base deste caldo
– Shio Lámen – shio em japonês significa sal e este caldo é constituído praticamente de água e sal, sendo uma maneira mais delicada para apreciar os outros ingredientes que virão a seguir
– Missô Lámen – é a pasta fermentada de soja que dá uma coloração turva a este caldo, geralmente é mais encorpado (e minha opção predileta)
Mas no Japão, encontrei uma variedade infinitamente maior de lámen!
E sempre que podia experimentava um novo, até pelo preço convidativo.
Em Tokyo, na média, uma tigela de lámen bem elaborada custa ¥ 800 (R$ 30,00 agora em 2018).
Nas estações de metrô, para uma refeição rápida é possível encontrar até por ¥ 350!
E os melhores lamen do Japão? Onde estão?
Esta pergunta não tem resposta, afinal, a quantidade de ramen-ya (restaurantes de lamen) na terra do sol nascente são infinitas!
Aliás, durante nossa viagem em Kyoto, tivemos a oportunidade de experimentar o fire rámen, que vem literalmente pegando fogo na sua frente!
Não foi o melhor lamen, mas com certeza foi uma das experiências divertidas de lá.
Porém, falando de sabor… minha menção aqui vai para o Abura Soba, um tipo ramen que descobrimos em Tokyo!
Diferentemente dos outros lámen, que tem como base um grande quantidade de caldo, este podemos dizer que é uma versão sem caldo!
Sua base é um óleo ou “banha” de porco que vem derretido no fundo da tigela.
Apesar da descrição intrigar, veja que maravilhosa apresentação do prato:
Uma pena é que a apresentação dura pouco, porque o jeito certo de comer é acrescentar o vinagre e um molhinho apimentado, e em alguns casos: maionese.
Daí mistura-se tudo e é só se deliciar!
Veja que o meu tinha uma bela fatia de porco, ovo e alho crú, alga, cebolinha e ainda pedi mais um ovo de gema mole pra complementar!
O melhor lamen de Tokyo
Finalmente, vem minha dica do melhor restaurante de lamen em Tokyo (na minha opinião).
É o Karashibimisoramen Kikanbo perto da estação Kanda, facinho de chegar com a Yamanote Line!
Comemos lá numa semana e voltamos na outra pra repetir e também experimentar o tal ramen com coentro… risos
Este aqui abaixo é a versão tradicional, com uma fatia extra de porco, vejam que tentação:
Mas o que torna este ramen tão especial?
São as pimentas, além é claro do caldo de missô cozido por mais de 10 horas utilizando ossinhos de porco, frango e uma variedade de vegetais e por fim, acrescido de um caldo de frutos do mar.
Aqui eles usam 6 tipos de pimentas, mas especialmente a pimenta vermelha “Kara” e a pimenta verde japonesa “Shibi”.
A primeira é responsável pela ardência e o efeito da Shibi, é aquela leve dormência na língua.
Se você não gosta de pimenta, não se preocupe você pode optar para uma versão sem pimenta.
E pra quem gosta de emoção, pode escolher entre 4 níveis de cada pimenta.
Obento
Não apenas é a nossa versão para uma marmita, como também tem muito significado e história.
Existem dezenas de tipos de obento (lê-se bentô ou obentô), em geral, qualquer tipo de comida que possa ser colocado numa caixinha e transportado.
Por consequência, hoje em dia é símbolo da praticidade, visto que os japoneses em geral moram em casas pequenas e tem pouco tempo pra cozinhar.
Sem dúvida é muito fácil encontrar obento nos kombini (lojas de conveniência), mercados e até lojas especializadas, em embalagens próprias para serem levadas ao microondas.
Inclusive com versões para a criançada, com ursos panda e personagens famosos na tentativa das crianças se divertirem com seu lanchinho da escola.
No entanto, neste capítulo eu quero mencionar 2 obento.
O Hinomaru Bento, sendo que Hinomaru é utilizado para descrever a bandeira japonesa.
Este abaixo eu ganhei durante a visita à um cliente:
Observem a bandeira do Japão, feita com o gohan (arroz branco sem tempero) e um umeboshi (ameixa em conserva) no centro.
Sem dúvida a versão que ganhei era mais caprichada que o básico Himomaru Bento.
Nos outros compartimentos vinha salmão cozido, algas, pata de caranguejo, mix de grãos e feijão, raízes cozidas, pepino em conserva, etc.
Porém, o legal dele é a história. Ouvi uma lenda que os combatentes japoneses recebiam este obento com a bandeira do Japão durante a guerra em símbolo de patriotismo! Genial!
E com a quantidade de festivais do Japão, por exemplo os Hanabi e seus fogos de artifício que fomos conhecer, o bentô também é utilizado para os piqueniques.
Okonomyaki
Antes de mais nada, acredito que uma boa descrição para este prato seria: panqueca.
Apesar da aparência com a grande quantidade de macarrão, um dos principais segredos desta delícia é a massa que dá a consistência perfeita aos sabores e temperos.
Quais sabores?
A origem do nome já demonstra a democracia: Okonomi = “tudo o que você preferir”.
Algumas regiões do Japão brigam pela origem do prato (ou pelo menos, pelo confecção do mais gostoso prato).
Osaka e Hiroshima estão entre eles e durante nossa visita à Hiroshima fizemos questão de experimentar o Okonomyaki de lá.
Em primeiro lugar, pode-se ver que o Okonomyaki além de um prato é uma experiência.
As pessoas se sentam ao redor da chapa e acompanham o preparo ali mesmo na sua frente, quando o restaurante te dá esta oportunidade.
Em Tokyo participamos de outro tipo de experiência, onde o próprio cliente prepara o seu (e o resultado fica por sua conta, é claro hahaha).
Onigiri (ou Omusubi)
É o famoso bolinho de arroz japonês, geralmente em formato triangular, oval ou cilíndrico envolto numa folha de alga marinha.
Em síntese é a comida mais popular do Japão e por consequência, você vai encontrar em absolutamente qualquer lugar, desde o aeroporto.
Por outro lado, há uma quantidade bem grande de recheios para experimentar.
As variedades de onigiri passam por: salmão grelhado, atum, missô, ovas de bacalhau, umeboshi (ameixa em conserva) e até alguma opção vegetariana.
Em resumo, é uma opção rápida e barata para matar a fome em qualquer horário do dia.
Custo médio: ¥ 140 (R$ 5 na cotação de câmbio de 2018).
A embalagem do onigiri japonês é um show a parte e faz com que a alga não tenha contato com o arroz, deixando-a crocante até a hora do consumo!
Takoyaki
É um delicioso bolinho frito recheado com polvo e com diferentes coberturas.
Embora seja muito popular em todo o Japão, é o da região de Osaka que leva a maior fama.
Apesar de ser muito fácil encontrar em kombini e até mesmo congelado, deixe para experimentar quando encontrar um feito na hora!
Primeiramente, sua massa antes de ser frita tem uma consistência mole como uma panqueca líquida.
Como resultado depois de ser grelhado na chapa de takoyaki e é claro, receber um grande pedaço de polvo como recheio, obtemos esta deliciosa invenção japonesa.
Logo depois, ainda vem uma cobertura com molho levemente adocicado, cebolinha, katsuobushi (leves lascas de bonito defumado) e aonori (algas secas).
Realmente o de Osaka foi o melhor que provamos e faço questão de divulgar o Acchichi Honpo em Dotonbori, bem pertinho da famosa placa da Glico (veja mais sobre nossa visita a Osaka).
O único cuidado é pra não queimar a língua, porque o bolinho cremoso chega flamejante! risos
Se você não tiver oportunidade de ir até Osaka, aproveite para provar os takoyaki da rede japonesa Gindako.
Eles estão espalhados por todo o Japão, são feitos na hora e você pode comer no local ou levar para casa. Foram uns dos melhores em Tokyo!
E uma porção com 20 bolinhos pra comer em casa, saia o equivalente a ¥ 1000 (R$ 36 em 2018).
Tenpura ou Tempura
Sem dúvida este é um clássico da culinária japonesa.
Em princípio são pedaços de vegetais e frutos do mar, levemente empanados numa farinha de ótima qualidade e fritos por poucos minutos num óleo muito quente.
Para garantir que a qualidade do tempura é boa, ele não poderá sair pingando óleo.
Este é o motivo de orgulho do chef japonês para um ótimo tempura!
De fato não o encontrava tempura no Japão com tanta facilidade quanto imaginava.
É claro que existem restaurantes especializados em vários pontos das cidades e até mesmos alguns mercados vendem tempura frito na hora.
Eu encontrei um bom tempura nas franquias da Tempura Tendon Tenya, também na questão de ótimo custo benefício, por volta de ¥ 900 (R$ 32,00 agora em 2018).
Tonkatsu (e também o Teishoku)
Antes de mais nada, ele entra na lista dos mais populares do Japão.
É uma costeleta de porco empanada e frita, servida já fatiada e geralmente acompanha gohan (arroz branco sem tempero) e o missoshiru (a sopinha de soja).
E já que estamos falando de coisas populares, nada mais justo que falarmos sobre o Teishoku.
Teishoku é o nome japonês para o nosso brasileiríssimo prato feito.
E um dos mais comuns teishoku é o com tonkatsu!
Na sua viagem ao Japão, não deixe de entrar numa das filiais do Yayoi – Japanese Teishoku Restaurant.
É um restaurante 24 horas, com franquias espalhadas por todo o Japão e que servem estes pratos.
Por certo, só de ver a quantidade de moradores locais que o frequentam, já é um sinal de boa qualidade e bons preços.
Este prato que mostrei acima, ainda vem acompanhado com 2 camarões grandes empanados e custa menos de ¥ 1000 (equivalente a R$ 36 em 2018).
Outra dica: o Yayoi é ótimo pra quem quer economizar no Japão, porque qualquer prato te dá direito à um free refil de arroz.. risos
Sukiyaki e Shabu Shabu
O Sukiyaki podemos dizer que é quase uma experiência e não apenas um prato japonês.
Uma mistura de finas fatias de carne de boi, frango ou porco, queijo de soja e legumes, cozida em molho de soja com açúcar.
E no final você ainda cozinha um udon, macarrão um pouco mais espesso, neste caldo.
As famílias se reúnem ao redor da mesa, ligam sua panela elétrica, pegam os vegetais preferidos e todo mundo vai ajudando na preparação e comendo.
A princípio parece simples, mas o resultado é uma explosão de sabores e confesso que é meu prato preferido da culinária japonesa.
Sukiyaki e Shabu-shabu no Nabe-zo
E neste tópico faço questão de recomendar o restaurante Nabezo ou Nabe-zo.
Em Tokyo pelo menos, é facilmente encontrado nos grandes bairros.
Recomendo a filial de Shinjuku (Sanchome), mas faça reserva antes.
Possui preços justos pelo tanto que entrega.
Por ¥ 2600 por pessoa (R$ 95 nos valores de 2018), você poderá desfrutar do tabehoudai.
É o famoso all you can eat (tudo o que você puder comer) por 100 minutos.
Há uma farta variedade de vegetais que você se serve num buffet e na sua mesa chegam as bandejas com as finais fatias de carne, que você pode repetir a vontade também.
A vantagem do Nabezo é que você pode experimentar o shabu shabu ao mesmo tempo.
O shabu-shabu, de origem chinesa, utiliza a mesma técnica de cozimento, mas com diferentes tipos de caldo (molho de soja, leite de soja e colágeno ou o kimchi apimentado).
Por consequência, caso você opte pelo Sukiyaki e Shabu Shabu na sua mesa chegará um pote dividido ao meio, como este:
E fiquem tranquilos, porque os funcionários te ajudarão (também em inglês) sob as etapas de preparação.
Sashimi e Sushi
Sashimi são as finas fatias de peixe crú.
O sushi é geralmente a combinação delas, enrolada na alga marinha, tofu ou outros.
Claro que também existem as versões com kani (caranguejo), pepino, etc.
Primeiramente, se você está na terra do Sashimi, você deve provar o melhor sashimi do sistema solar!
Então, preciso falar sobre o atum (e aproveitem para conhecer mais sobre nossa visita ao mercado de peixe de Tokyo, o leilão de atum em Tsukiji e as comidas de rua):
Aqui no Brasil, estamos acostumados a relacionar que o atum é vermelho escuro e pronto.
Mas, a realidade é que a parte mais nobre do atum tem cor mais clara, devido a gordura.
Um atum nobre tem 2 características principais: a textura e quantidade de gordura, que o tornam mais saboroso.
A parte mais nobre do atum é o toro (o-toro ou ainda: otoro).
Vejam a diferença de coloração, acima temos um pratinho de sushi preparado com as partes mais nobres do atum. O mais escuro é o akami. No meio temos o chu-toro e embaixo o o-toro.
Wagyu / Kobe Beef
Considerada a melhor carne bovina do mundo (e também a mais cara) o Kobe Beef é um destaque no Japão.
A carne de Kobe vem da raça bovina Wagyu e tem um sabor incomparável.
Além do tratamento digno de um spa que o animal recebe, uma característica única da sua carne é o marmoreiro – a gordura que fica entre as fibras, deixando a carne muito macia e saborosa.
Alguns criadores dizem que seus bois recebem massagem e acupuntura, e também ouvem música clássica para ficarem calmos.
Os bois são alimentados com grãos especiais e pasmem: cerveja.
Dizem que a cerveja os estimula a comer mais (isso explica minha barriga então).
No Japão, os melhores criadores já venderam o quilo do Kobe Beef por até US$ 1000.
Mas, existem opções e qualidades para todos os bolsos.
Numa das andanças por Osaka, encontramos um Lamen de Kobe Beef e fomos provar.
E outra oportunidade de comer um Wagyu, veio em Tokyo na região de Shinjuku.
Achamos um restaurante preparava uns cortes de wagyu empanados e na brasa.
O marmoreio do wagyu é impressionante e você simplesmente não precisa mastigar, a carne derretia na boca.
Yakiniku (tabehoudai e nomihoudai)
O yakiniku significa carne grelhada em japonês.
Se você já está sentindo cheiro de churrasco, você acertou!
Aliás, é muito comum encontrar restaurantes de yakiniku por todo o Japão.
Geralmente eles funcionam no esquema tabehoudai, o famoso all you can eat (tudo o que você puder comer) por um certo período. Por certo, algo entre 1 e 2 horas.
De fato, o que muda o preço final da sua conta é a variedade de carnes que você quiser escolher.
Em geral, você escolhe um tipo de serviço e já sabe todos os tipos de carne que estão inclusos (e que você pode repetir a vontade).
E daí, tem uma opção de preço um pouco mais elevada, para acrescentar outros cortes mais especiais.
Outra variação no preço se dá pelo tipo de fogo que o restaurante utilizada.
Em resumo, os que disponibilizam uma brasa de carvão terão um preço um pouco maior.
Já as churrasqueiras movidas à gás, um precinho mais camarada.
Perdi a conta de quantos yakinuku conheci no Japão, nas cidades grandes e até no interior.
É mais um daqueles que classifico como experiência culinária e não apenas um prato.
Geralmente nestes lugares, você também pode solicitar o nomihoudai, que é muito comum nos izakaya (bares japoneses).
Nomihoudai
O nomihoudai é o all you can drink (tudo o que você pode beber) por um período.
Por certo na lista de bebidas está incluso: cerveja ou chopp, sakê, vodka, etc.
O que mais a gente precisa além de churrasco e bebida nesta vida? risos
Fiquem tranquilos que o churrasco não estava pegando fogo.
No topo da mesa há um exaustor para tentar eliminar a fumaça e qualquer gordura que bate no carvão já cria esta linda chama e transmite aquele cheirinho delicioso.
Sem dúvida você voltará pra casa cheirando a churrasco!
Yakitori ou Kushiyaki
Na tradução literal, yakitori é frango grelhado, mas também pode se referir às comidas servidas em espeto.
Apesar de ter um nome mais específico para isso: o kushiyaki (espetos grelhados).
Aliás, independente do nome de batismo, o resultado é espetacular.
Em qualquer lugar do Japão você encontrará os yakitori-ya (pequenos bares ou restaurantes especializados nos grelhados).
Eles tem verdadeiro orgulho pelo o que estão fazendo, e o tempero certo pra cada item (mesmo que seja apenas sal).
E todas as experiências que tive em yakitori-ya foram incríveis.
Em uma delas o chef viu que eu realmente tinha apreciado o resultado e veio conversar com a gente pra descobrir de onde éramos.
O engraçado era ver ele montando cada espeto e temperando como se fosse uma obra de arte (e na verdade é).
E é uma refeição que pode sair com custo bom, dependendo é claro da quantidade e tipos de espetinhos que você comer.
A variedade de sabores é imensa e os japoneses usam e abusam dos miúdos também: coração de frango, fígado, cartilagem, pele do frango, etc.
E também tem os yakitori’s vegetarianos como: pimentão, abóbora, cebola, cebolinha (negi), batata.
Não perca a oportunidade de visitar um yakitori-ya!
Acho que comeria todos, menos sashimi de carne de cavalo kkk
Realmente a carne de cavalo foi o item que teve mais rejeição na mesa! hahahaha
Alguns não tiveram coragem de experimentar e outros que comeram, não gostaram muito.
Realmente este entra na categoria iguaria…
Obrigado pela visita!
Boa matéria. Deu vontade do yakiniko!
O Yakinuku dá pra dizer que é garantia de sucesso no Japão!
Ainda mais pro jantar, que o pessoal já toma uma cervejinha junto.
Os restaurantes deste estilo estão quase sempre cheios nos horários de pico. E acabei neste escrevendo no texto, mas geralmente o Yakinuku vem com opções de petiscos além das carnes em si.
Grande abraço!
Wow! Apesar de ter descendência japonesa, tem um monte de coisa aí que nunca tinha imaginado, nem tinha visto. Embora meu pai não siga muito a tradição e eu menos ainda, meus tios ainda mantém, inclusive tenho um primo que tem um restaurante japonês. Adorei o post! Ainda quero conhecer o Japão e comer tudo isso!
Olá Itamar, obrigado pela visita!
São Paulo tá passando por uma onda dos restaurantes de Ramen, parecido com o que foi a onda das Temakerias. Apesar disso, até existe um bom número de Izakayas e tinha provado umas coisas diferentes aqui antes de embarcar ao Japão, mas realmente foi chocante chegar lá e ver tão variadas opções de comidas (e deliciosas).
É claro que nosso pão francês faz muito falta, mas sou super fã da culinária japonesa!
Quando vocês vierem conhecer o Japão, dá um toque na gente, quem sabe acerta um mês que estamos por aqui! As Olimpiadas de 2020 em Tokyo parecem uma boa opção.
Grande abraço pra vcs!
Juro pra vc que sempre pensei isso! “Se for pro Japão, morro de fome!”… Não sou chegada nos peixes crus… rs
Agora, poe um wagyu na minha frente pra ver só! 😀
hahahaha
Acho que a maioria bate um pânico quando pensa no Japão e a relação com o peixe cru.. risos
Mas a vantagem é que pra gente que adora uma carne, opção de assados e grelhados não faltam!
Até mesmo algo bem parecido ao nosso churrasco com os yakiniku e yakitori, dá até água na boca de relembrar! risos
Este post está muito saboroso, mesmo com os pratos mais exóticos (sashimi de cavalo?). Obrigada por compartilhar a sua experiência.
Verdade Ruthia, o sashimi de cavalo já entra numa categoria que não é todo mundo que arriscaria provar.
Mas, realmente.. O restante é tudo de dar água na boca! Um super fim de semana pra ti!
Parabéns Bob!
Gostei muito do seu post! Descrição detalhada, fotos, impressões pessoais!
Algumas coisas eu já conhecia, mas acho que o sabor no Japão faz muita diferença…( é o custo da adaptação….)
Obrigado por compartilhar!
Grande Mauro, antes de tudo obrigado pela visita e comentário!
Eu inclusive quero atualizar esta lista, porque agora nos últimos meses surgiram umas coisas novas. Não tanto em comidas novas, mas experiência diferentes.. Um Yakiniku com um wagyu super razoável e um okonomyaki daqueles preparados pelo próprio cliente, que também é sempre divertido! risos
Se por acaso se lembrar de algo diferente da culinária japonesa, por favor nos escreva também!
Um grande abraço e boa semana!
tuas informações e a maneira objetiva de escreve-las é simplesmente maravilhosas!!!!!!
Olá Maria José, muito obrigado pelo carinho da mensagem!
Isso com certeza nos faz continuar a escrever ainda mais sobre o Japão e contar as histórias que vivemos por aqui!
Uma ótima semana para ti!!!
Adorei essa matéria e tive o prazer de conhecer Tokyo guiada por uma amiga residente e sua parente nativa. Experimentei o Shabu-shabu num restaurante em Shibuya que tinha panelinhas de cobre na sua frente e você escolhia os acompanhamentos. Achei espetacular. Pena que só aprendi a apreciar Rámen faz pouco tempo. Muito legal seus comentários e dicas. Espero retornar ao Japão um dia…
Olá Lucy, antes de mais nada, obrigado pela visita ao blog!
Com certeza sua visita a Tokyo foi incrível, tendo a amiga residente!
Pq é o que digo aos meus amigos, o povo de Tokyo é muito acolhedor, tem muitos lugares que dá pra virar com o inglês, mas uma experiência gastronômica completa, sem dúvida envolve um residente! Até pela questão cultural!
No escritório que trabalho, há um senhor japonês que nos leva de vez em quando para estas experiências que só os residentes conhecem! É sempre inesquecível!
Um grande abraço!
Estou chocada! A impressão que tenho é que japoneses são um povo magro (estou errada?). Como podem ser magros comendo tanta fritura?!?! Qual é o segredo? Eu também imaginava que a alimentação era mais baseada em vegetais e peixes e você cita várias carnes… Pra mim foi, realmente, uma surpresa. Estou muito curiosa sobre o metabolismo japonês… Será que a população tem muito problema de colesterol alto? Se não, o que fazem para compensar esse elevado consumo de frituras?
Olá Ana! Tudo bem?
Sua impressão está correta sim!
O povo japonês é super magro. Eu me sinto mais gordo ainda aqui.. ehehhehe
A diferença é que aqui são comidas típicas, mas não necessariamente do dia-a-dia. Acho que seria o equivalente a nós no Brasil que temos a feijoada, dobradinha, rabada, mas não fazem parte da nossa comidinha diária.
Eu li uma reportagem uns anos atrás, falando da preocupação dos orientais com a “ocidentalização” da alimentação aqui no Japão. Porque eles sempre foram conhecidos por manter uma alimentação relativamente natural, muitas algas, peixes, arroz. Uso de pouco sal, açúcar e condimentos.
E agora já dá pra perceber que o consumo de carboidratos, comida industrializada, gorduras, é bem forte aqui.
Mas eu realmente preciso descobrir como eles conseguem comer tantas coisas gostosas e não engordarem.. hahaha
Uma das dicas eu sei. Eles andam e andam muito!
kkkk
Olá eu gostaria de saber se existe a possibilidade de entrar em contato com alguém, eu faço mestrado e estou pesquisando a diversidade linguistica na culinária, mas precisaria de imagens de cardápio com os ingredientes, para mostrar a mistura que ocorre dos restaurantes no Brasil e as adaptações feitas. Agradeço se alguém puder me responder.
Olá Gisely, vou te enviar uma mensagem, neste email que você usou nos comentários tá?
Obrigado!