Punta del Este no Uruguay

Visita ao Casino Conrad, Hotel L'Auberge, Jose Ignacio e o pôr-do-sol na Casapueblo

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Neste relato da viagem em Punta del Este no Uruguay, você conhecerá mais sobre esta cidade 120 km distante de Montevideo.

Primeiramente, dedicamos 2 dias da nossa viagem pelo Uruguay para conhecer os principais pontos turísticos: Casino Conrad, balneário de Jose Ignacio, os waffles do Hotel L’Auberge e o pôr-do-sol na Casapueblo.

Aliás, não deixe de conferir também nossa visita a incrível cidade de Colonia del Sacramento.

 

Piriapolis

É um balneário que fica 40km antes de Punta del Este.

Sem dúvida, aproveitamos que estava ao longo da nossa rota e fizemos uma rápida visita.

No entanto, a cidade estava super movimentada no dia.

Todavia, passamos em frente ao famoso Hotel Argentino e a rambla principal.

Antes da consolidação de Punta del Este, Piriapolis era o charme do Uruguay e onde o povo ia gastar dinheiro.

É provável que um dos maiores cartões postais de lá seja o teleférico.
Mas como estávamos com pressa pra chegar em Punta, não deu tempo de conhecer.

Punta del Este: A rambla de Piriapolis
Punta del Este: A rambla de Piriapolis

Se bem que, chegando em Punta del Este, você vai ter a impressão de que nossa viagem foi um roteiro gastronômico!

 

Chegada à Punta del Este

Decerto, você tem que experimentar o Waffle com doce de leite do Hotel L’Auberge.

Punta del Este: Hotel L'Auberge
Punta del Este: Hotel L’Auberge

Mesmo que não fique hospedado no Hotel, é possível visitá-lo e desfrutar o famoso waffle.

Punta del Este: Dulce de leche no famoso waffle do la Auberge
Punta del Este: Dulce de leche no famoso waffle do la Auberge

Aliás, aproveitando que estamos falando de gastronomia, recomendamos também o restaurante Lo de Tere!

Não apenas um atendimento e refeição incrível, com carpaccio de polvo, massa fantástica e carta de vinhos nota 10.

E tudo isto com uma vista pro porto de Punta!

Se bem que ganhamos alguns descontos por causa do Itau (25%) e no final das contas, o jantar do casal saiu na casa dos R$ 140,00.

Ou seja, valeu mais do que cada centavo.
Decerto uma experiência realmente incrível!!

Punta del Este: Restaurante Lo de Tere
Punta del Este: Restaurante Lo de Tere

Só para ilustrar, o visual quase defronte ao restaurante:

Punta del Este: caminhada ao final do jantar
Punta del Este: caminhada ao final do jantar

 

Resort e Casino Conrad em Puntal del Este

Com certeza é um dos maiores cartões postais de Punta del Este.

Em virtude de nunca tinha visitado um Casino,  estava então duplamente empolgado.

Infelizmente a suíte presidencial já estava reservada, então, acabamos ficando hospedado no nosso hotel mesmo… hahaha

Porém, você pode jogar no casino mesmo que não esteja hospedado no Resort Conrad.

Punta del Este: Casino e Resort Conrad
Punta del Este: Casino e Resort Conrad

Por outro lado, pra quem está de férias e vai ficar um bom tempo ali, pode ser uma incrível opção.

Se bem que no nosso caso, usávamos o hotel apenas pra dormir e no outro dia já pegávamos estrada para o próximo destino, seria um desperdício.

Decerto, o ambiente do Casino é divertidíssimo.

Por exemplo, o povo tentando a sorte grande nos caça níquéis, roletas, e qualquer outro tipo de jogo que você pode imaginar.

Aliás, como sou jogador amador de poker, estava ansioso pra sentar numa mesa e fazer umas jogadas.

Infelizmente, meu sonho foi por água abaixo.

Apesar de estarmos na alta temporada, tinham apenas 2 mesas de poker formadas lá e o cacife de entrada não cabia no meu bolso (entrada mínima de US$ 400).

Ouvi dizer depois, que dei azar. Que geralmente na temporada, tem mesas para todos os bolsos.

Como é proibido tirar fotos no interior do Casino, peguei esta reprodução do Tour 360º deles.
Entre no site oficial deles e veja o Tour Virtual no final da página.
Dá pra conhecer todas as seções do Resort e do Casino.

Punta del Este: Casino e Resort Conrad
Punta del Este: Casino e Resort Conrad

 

Jose Ignacio

Logo após fomos para Jose Ignacio que fica distante uns 40 km do centro de Punta e vale muito a visita!

No caminho já tem a tal da ponte tortuosa, um dos cartões postais de Punta.

Punta del Este: Puente Leonel Viera - A tal ponte torta
Punta del Este: Puente Leonel Viera – A tal ponte torta

Além do visual engraçado da ponte, a sensação de passar sobre ela é muito diferente.
Porque em determinado momento, a estrada que está a sua frente some e reaparece.
Sim. eu fiz o retorno e voltei pra ponte, só pra passar mais uma vez sobre ela… risos

E chegando em Ignacio, o lindo farol!
Pena que durante a manhã o céu nublou.

Punta del Este: Faro (Farol) Jose Ignacio
Punta del Este: Faro (Farol) Jose Ignacio

 

Casapueblo

A visita à Casapueblo prometia ser um dos pontos altos desde quando programei a viagem e eu não estava enganado.

Imagine-se pegar a estrada rumo à Punta del Este e bem antes de chegar na cidade, tomar uma saída à sua esquerda, e seguir por uma longínqua rua de quase 3 km que culmina no lindo mar de Punta Ballena.

Ao lado direito um gigante penhasco onde Carlos Páez Vilaró começou no fim dos anos 1950 a construir seu retiro.

No começo havia apenas uma casinha de madeira que era também seu atelier e ele foi ao longo dos anos construindo e agregando novos cômodos, como se fossem vagões acrescentados à uma locomotiva.

Em um plano arquitetônico quase sem fim, Vilaró travou uma guerra interna contra as linhas retas na sua obra de paredes brancas e cantos sempre arredondados, que resultou numa escultura habitável:

Punta del Este: Casapueblo do Carlos Páez Vilaró
Punta del Este: Casapueblo do Carlos Páez Vilaró

Villaró faleceu em 2014, um ano antes de nossa visita.

Punta del Este: Carlos Páez Vilaró no seu atelier na Casapueblo
Punta del Este: Carlos Páez Vilaró no seu atelier na Casapueblo

Durante os 90 anos de sua vida, além de ter conhecido Pablo Picasso e Dali, Vilaró nos deixou uma herança cultural imensa que inclui pinturas, cerâmicas, murais, poemas e composições musicais. Também há uma história muito conhecida sobre ele, pois patrocinou a busca à seu filho que sofrera um acidente de avião na Cordilheira dos Andes em 1972.

Nos dias de hoje, sua casa abriga um Museu com algumas de suas obras, um hotel e um restaurante.

 

O Pôr-do-sol na Casapueblo

A visita ao museu é um cartão postal do Uruguay, pois além da oportunidade de ver as obras do Vilaró, ao final da tarde é feito um convite para todos acompanharem a cerimônia do pôr-do-sol. Por isso é recomendado você chegar lá por volta das 16 horas.

Quando é chegada a hora do pôr-do-sol, todos os convidados se ajeitam na varanda que tem a vista para o mar de Punta Ballena e observam o grande astro de despedir.

Punta del Este: Varanda da Casapueblo
Punta del Este: Varanda da Casapueblo

Durante esta cerimônia é tocado um lindo poema do Vilaró (com caixinhas de som espalhados pela varanda), e você vai acompanhando o grande astro de despedir e ouvindo a voz do Vilaró e suas belas palavras.
É algo tão belo que tem até sincronia entre as palavras e a despedida do sol (que é o tema do poema).

Aqui o trecho final:

Adiós Sol…! Mañana te espero otra vez. Casapueblo es tu casa, por eso todos la llaman la casa del sol. El sol de mi vida de artista. El sol de mi soledad. Es que me siento millonario en soles, que guardo en la alcancía del horizonte.

E se você tiver curiosidade, a obra completa que é tocada na cerimônia:

clique para conhecer inteiro o poema: 'Ceremonia del Sol - Carlos Páez Vilaró'

Hola Sol …!
Otra vez sin anunciarte llegas a visitarnos.
Otra vez en tu larga caminata desde el comienzo de la vida.

Hola Sol…!
Con tu panza cargada de oro hirviendo para repartirlo generoso por villas y caseríos, capillas campesinas, valles, bosques, ríos o pueblitos olvidados.

Hola Sol…!
Nadie ignora que perteneces a todos, pero que prefieres dar tu calor a los más necesitados, los que precisan de tu luz para iluminar sus casitas de chapa, los que reciben de tí la energía para afrontar el trabajo, los que piden a Dios que nunca les faltes, para enriquecer sus plantíos, y lograr sus cosechas.

Es que vos, Sol, sos el pan dorado de la mesa de los pobres.

Desde mis terrazas te veo llegar cada tarde como un aro de fuego rodando a través de los años, puntual, infaltable, animando mi filosofía desde el día que soñé con levantar Casapueblo y puse entre las rocas mi primer ladrillo.

Recuerdo que era un día inflamado de tormenta, el mar había sustituido el azul por un color grisáceo empavonado, en el horizonte un velero escorado afinaba el rumbo para saltear la tempestad, el cielo se llenaba de graznidos de cuervos en huida, la sierra se peinaba con la ventolera alborotando a la comadreja y al conejo.

Pero de golpe como un anuncio sobrenatural el cielo se perforó y apareciste vos. Eras un sol nítido y redondo, perfecto y delineado, puesto sobre el escenario de mi iniciación con la fuerza sagrada de un vitreaux de iglesia.

Desde ese instante sentí que Dios habitaba en ti, que en tu fragua derretía la fe y que por medio de tus rayos la transmitía por todos los sitios donde transitabas.

Los mismos brazos de oro que al desperezarte iluminan el cielo, al estirarse a los costados entibian las sierras, o apuntando hacia abajo laminan el mar. Hola Sol…!

Cómo me gustaría haber compartido tu largo trayecto regalando luz, porque a tu paso acariciaste la vida de mil pueblos, compartiste sus alegrías y tristezas, conociste la guerra y la paz, impulsaste la oración y el trabajo, acompañaste la libertad e hiciste menos dura la oscuridad de los presidios.

A tu paso sol, se adormecen los lagartos, despiertan los girasoles y los gallos cacarean.

Se relamen los gatos vagabundos, los perros guitarrean, y el topo se encandila al salir de la cueva. A tu paso sol, hay sudor en la frente del obrero y en los cuerpos de las mujeres cobrizas que alcanzan el cántaro de la favela.

Con tus latidos conmueves el mar, das música a la siembra, la usina y el mercado. A tu paso corrieron en estampida búfalos y antílopes, desperezó el león, se asombró la jirafa, se deslizó la serpiente y voló la mariposa. A tu paso cantó la calandria, despegó el aguilucho, despertó el murciélago y emigró el albatros.

Hola Sol…!
Gracias por volver a animar mi vida de artista. Porque hiciste menos sola mi soledad. Es que me he acostumbrado a tu compañía y si no te tengo, te busco por donde quiera que estés.

Por eso te reencontré en la Polinesia, cuando te coronaron rey de los archipiélagos de nácar y los arrecifes dentellados de coral, o también en Africa, cuando dabas impulso a sus revoluciones libertarias y te reflejabas en el espejo de sus escudos tribales para inyectarles coraje.

Te estoy mirando y veo que no has cambiado, que sos el mismo sol que reverenciaron los aztecas, el mismo de mi peregrinaje pintando por América, el que envolvió la Amazonia misteriosa y secreta, el que me alumbró los caminos al Machupichu sagrado del Perú, el de los valles patagónicos o los territorios del Sioux o del comanche.

El mismo sol que me llevó a Borneo, Sumatra, Bali, las islas musicales o los quemantes arenales del Sahara. A diferencia del relámpago que apenas proyecta en la noche latigazos de luz, desde tu reinado planetario, tus destellos continúan activos, permanentes.

Alguna vez la travesura de las nubes oculta tu esplendor, pero cuando ello ocurre, sabemos que estás ahí, jugando a las escondidas. Otras veces, en cambio, te vemos sonreír cuando las golondrinas o las gaviotas te usan de papel para escribir las frases de su vuelo.

Gracias Sol, por invadir la intimidad de mi atardecer y zambullirte en mis aguas. Ahora serás la luz de los peces y su secreto universo submarino. También de los fantasmas que habitan en el vientre de los barcos hundidos en trágicos naufragios.

Gracias Sol…! Por regalarnos esta ceremonia amarilla. Gracias por dejar mis paredes blancas impregnadas de tu fosforescencia. Entre ventoleras y borrascas, cruzando ciclones y tempestades, lluvias o tornados, pudiste llegar hasta aquí para irte silenciosamente frente a nuestros ojos. Porque tu misión es partir a iluminar otros sitios. Labradores, estibadores, pescadores te esperan en otras regiones donde la noche desaparecerá con tu llegada. Y como respondiendo a un timbre mágico despertarás las ciudades, irás junto a los niños a la escuela, pondrás en vuelo la felicidad de los pájaros, llamarás a misa.

A tu llegada, se animará el andamio con sus obreros, cantarán los pregoneros en las ferias, la orilla del río se llenará de lavanderas y entrará la alegría por la banderola de los hospitales. Chau Sol…! Cuando en un instante te vayas del todo, morirá la tarde.

La nostalgia se apoderará de mí y la oscuridad entrará en Casapueblo. La oscuridad, con su apetito insaciable penetrando por debajo de mis puertas, a través de las ventanas o por cuanta rendija encuentre para filtrarse en mi atelier, abriéndole cancha a las mariposas nocturnas.

Chau Sol…!
Te quiero mucho… Cuando era niño quería alcanzarte con mi barrilete. Ahora que soy viejo, sólo me resigno a saludarte mientras la tarde bosteza por tu boca de mimbre.

Chau Sol…!
Gracias por provocarnos una lágrima, al pensar que iluminaste también la vida de nuestros abuelos, de nuestros padres y la de todos los seres queridos que ya no están junto a nosotros, pero que te siguen disfrutando desde otra altura.

Adiós Sol…!
Mañana te espero otra vez. Casapueblo es tu casa, por eso todos la llaman la casa del sol. El sol de mi vida de artista. El sol de mi soledad. Es que me siento millonario en soles, que guardo en la alcancía del horizonte.

Quando chegamos e nos ajeitamos na varanda, o visual ainda esta assim:

Punta del Este: Casapueblo e por-do-sol
Punta del Este: Casapueblo e por-do-sol

Em poucos minutos e em sincronia com o poema, o grandioso astro começou a se despedir…

Punta del Este: Sol indo embora na Casapueblo
Punta del Este: Sol indo embora na Casapueblo

Ao fim da cerimônia, ainda é possível ficar curtindo um pouco o lugar e conhecer as outras dependências, mas é o horário onde o museu também encerra suas atividades. Alguns casais aproveitam o clima pra namorar:

Punta del Este: casais enamorados
Punta del Este: casais enamorados

Aliás, a última imagem que ficou registrada deste local e que sempre me trará boas lembranças.
Uma cerimônia linda em um local incrível.

Fico imaginando como seria a beleza deste lugar, quando ainda no fim dos anos 50 e inicio da década de 60, Vilaró começou a construção desta escultura habitável….

Punta del Este: Casapueblo e a cerimônia do pôr-do-sol
Punta del Este: Casapueblo e a cerimônia do pôr-do-sol

Como visitar a Casapueblo?

Quanto custa?
R$ 25,00 (em 2015). Que te dá direito a acessar o museu e acompanhar a cerimônia.

Quando ir?
Na parte da tarde sempre! Tanto faz se no verão ou inverno, apenas garanta que será um dia de céu limpo para apreciar melhor o pôr-do-sol. Chegue no mínimo as 16hs no horário local, para garantir também um lugar agradável na varanda. Não adianta chegar muito cedo, porque no local só há o museu e uma feirinha de artesanato na parte externa.

Como chegar?
Estávamos com carro alugado, que é uma opção prática pra Punta del Este.
A Casapueblo fica há 13km do centro de Punta del Este. Existe um ônibus de linha que te deixa há uns 3km do local, na estrada principal. Mas, vi muita gente reclamando deste serviço, principalmente para o momento de voltar pra casa, que já estará escuro, obviamente.
Alguns lugares dão a possibilidade do transfer, ou você poderá usar um taxi.

 

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